Lançamentos dos Livros Receitas Sabores Do Pantanal e do livro Tradições Pantaneiras dia 09/05/2015 sábado das 14h as 18h. Na Ladeira José Bonifácio n° 111 Edificio Sleiman Estação Natureza do Pantanal Porto Geral Corumbá - MS

Tradições – Delineamento

    É intrínseco que a chama das lembranças da origem de um povo seja constantemente alimentada para que sua memória jamais seja esquecida. Cuidado este que evita a perda, a negação ou usurpação de sua identidade. Além de assessorar a compreensão sobre como e porquê as coisas são ou acontecem; de forma a prevenir a repetição de erros e aprimorar tratados, inclusive para uma interação global.
  À vista disso, um povo inconsciente de sua linhagem, que omite ou subjuga suas tradições e costumes frente ao intercâmbio cultural, se torna um povo sem identidade. Incapaz de deixar geração. Frente a esta ponderação, emerge-nos à memória o enredo do filme “Narradores de Javé”, de 2003, que descreve de forma envolvente a trama de um povoado que, por não ter registro histórico algum acerca de sua existência, tem sua vida expropriada.
  Cientes de si e de sua contribuição referente à construção dos costumes e tradições do Pantanal, as comunidades da Região do Paiaguás: Corixão, Cedrinho, Cedro, Limãozinho, São Domingos e Bracinho se reconhecem e se identificam como comunidades tradicionais do Pantanal, às margens do Rio Taquari. Um povo que almeja a legitimação de seu protagonismo e reconhecimento de seus costumes e tradições inerentes ao cultivo de sua origem.
  O espólio dos costumes e das tradições do povo que habita no referido 'Pantanal Profundo' da Região do Paiaguás (MS) é fruto da miscelânia étnica de índios, em especial, os Guarani, Paiaguá e Guató somados à influência dos imigrantes paraguaios, brasileiros de outras regiões (pós-guerra, 1970) e burguesia agreste; com valores, principalmente, agrícolas e pastoris. 
  A Comissão Pastoral da Terra (CPT) convicta e fiel de sua missão e atuação e com o desígnio de promover por meio de lutas o reconhecimento e a efetivação dos direitos - em consonância com o povo subestimado, em especial, as comunidades do Paiaguás – esforça-se para contribuir com a construção da dignidade humana e elevação social. Dispõe-se, juntamente com os moradores, a escrever um pouco de sua história, resgatando e registrando “seu modo de vida”. 




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